Kaffeine – Como manter seu app sempre online no Heroku?

Logo do Kaffeine

E aí pessoas! Tudo numa boa?

Se você chegou até aqui, provavelmente você já conhece o Heroku e se essa for sua realidade, pode pular esse trecho 🙂

O que é o Heroku?

O Heroku é um serviço de hospedagem de conteúdo, seja um simples site estático ou até mesmo uma aplicação mais complexa, como uma API com acesso a banco de dados e outros recursos por exemplo.

O Heroku é conhecido por ter uma curva de aprendizagem extremamente curta, tornando o deploy da sua aplicação bem simples. Além disso conta com a possibilidade de um plano gratuito (apesar de você ter que deixar o seu cartão de crédito configurado por lá) e também de “incluir” addons para estender os recursos.

Alternativas ao Heroku

Outros players de mercado que concorrem com o Heroku são Amazon AWS, Microsoft Azure, Google Gloud Plataform, Digital Ocean… obviamente cada um tem o seu público-alvo e objetivos diferentes, mas dentre eles, o Heroku parece ser o mais “fácil” de fazer o trabalho com qualidade semelhante.

O problema

Mas, como nem tudo são flores a versão gratuita do Heroku “baixa” a aplicação quando ela não recebe uma requisição por um período de 30 minutos. Em outras palavras, se sua aplicação fica sem nenhum acesso por 30 minutos, ele desliga ela até que alguém a acesse novamente. Quando alguém acessar novamente, ele vai iniciar aplicação toda do zero novamente e o clico se repete. Essa inicialização normalmente é bem domorada e pode causar a percepção de que a sua aplicação é muito lenta aos usuários, quando na verdade é uma característica da sua hospedagem.

Ele faz isso por diversos motivos que a gente não tem certeza, mas talvez a principal delas seja de economizar recursos dos servidores 🙂

Como o Kaffeine resolve esse problema?

O Kaffeine e uma solução gratuita que resolve esse problema. Você simplesmente coloca o endereço da sua aplicação Heroku no site e recebe doses de Kaffeine a cada 30 minutos. Brincadeiras à parte, quando você coloca o endereço da sua aplicação nele, ele passa a fazer requisições a cada 30 minutos à sua aplicação, deixando ele no ar por uma maior parte de tempo.

Mas, como nem tudo são flores (de novo) outra característica da versão gratuita do Heroku é de que esses containers devem parar de funcionar por no mínimo 6 horas por dia e no Kaffeine, você consegue especifica o horário que isso vai acontecer, dessa forma podendo configurar o horário que a sua aplicação receberia menos requisições. Em uma aplicação corporativa por exemplo, provavelmente não haverá acesso fora do horário de expediente ou de madrugada, então você configura o Kaffeine para parar o container nesse período e o impacto nos usuários é menor.

Espero ter ajudado, grande abraço!

Até que ponto automatizar tudo no desenvolvimento de software é interessante para o time de desenvolvimento?

Automatização de processo de desenvolvimento de software

Hoje mesmo recebi na newsletter do Medium com o título “Auto-Unsubscribing in Angular Components Like a Pro” e é obvio que eu fui correndo ler, mas depois de ler o artigo, me vieram algumas coisas na cabeça que eu quero compartilhar com vocês.

Dica

Aliás, se você não conhece o Medium eu recomendo que dê uma passadinha por lá. Tem artigo de tudo quanto que é coisa, você tem um limite de leitura e ele te joga uma mensagem dizendo “Você lê bastante Leo, para continuar lendo esse artigo manda uns pila pra cá”, não necessariamente com essas palavras… e também não para todos os artigos. Mas o que conta é que tem muito conteúdo de qualidade por lá e as newsletters fazem o papel. Diariamente recebo bastante emails do site, mas não chega a me incomodar, porque 99% deles tem algo de útil ou do meu interesse.

Feito o jabá gratuito para o Medium, vamos voltar ao assunto…

Até que ponto automatizar tudo no desenvolvimento de software é interessante para o time de desenvolvimento?

“TUDO” é uma palavra muito forte, mas tenho certeza que vocês vão acompanhar o meu raciocínio.

Quando eu iniciei no mundo do desenvolvimento de software e tinha uma aproximação maior da linguagem de desenvolvimento PHP havia uma grande vulnerabilidade que era a configuração de register_globals vir ativada por padrão nas configurações do PHP.

Isso ajudava muito no processo do desenvolvimento porque a gente não precisava ficar associando as variáveis que circundavam o ambiente ($_POST, $_GET, $_SESSION, etc). Se você recebia “bonitamente” o valor do formulário em $_POST['meu_campo'] era só você acessar a variável $meu_campo e seguir em frente.

Tudo certo até aí, né?! Mais ou menos, porque o PHP tem tipagem fraca e a gente pode simplesmente acessar essa mesma variável direto pela URL assim: http://meusiteinseguro.com/carrinho_de_compras.php?meu_campo=codigo_nocivo e dessa forma injetariamos o que quiséssemos na variável.

Depois disso, eu – muito espertalhão – comecei a usar a função extract() para extrair as variáveis dos mesmos arrays comentados anteriormente mas configurava o register_globals como off. Ora-ora espertalhão não mudou NADA… 🙂

O tempo passou, o PHP começou a trazer a register_globals configurada com off por padrão e eu comecei a carregar as minhas classes com o método mágico __autoload(), afinal de contas eram “mágicos”!

O que era uma mão-na-roda, mas talvez eu estivesse ganhando um pouco de tempo na importação das libs, mas perdendo o controle da minha aplicação.

Porque é interessante automatizar?

Não quero, de forma alguma, desmerecer a utilidade dessas opções e muito menos o PHP que eu curto muito, entretanto, quero ressaltar que eu as utilizava de uma forma um tanto quanto ingênua e egoísta (só pensava no meu tempo de desenvolvimento), então, é importante sim a automatização, isso que nem estou falando aqui a parte de DEVOPs que na minha época era só INFRA 🙂

Aproveitando a introdução com PHP, não vejo utilidade para register_globals estar ativada, mas a __autoload, hoje descontinuada, tinha seu valor. Eu a usava de forma adequada para carregar os módulos da minha aplicação quando desenvolvia meus próprios frameworks em MVC para meus projetos (quem faz isso hoje em dia né? Loucura…)

Não sou contra automatizações, mas acredito que a gente sempre tem que avaliar coisas como essa com bons olhos e isso eu vou escrever na próxima seção.

Porque não é interessante automatizar?

Seja pela introdução das minhas experiências passadas com PHP que comentei anteriormente ou pelo conteúdo do artigo do Medium mencionado, que aliás é um bait a artigo e sim, é um baita serviço que o cara desenvolveu por lá.

A questão aqui é que você provavelmente não desenvolve software sozinho e se prefere assim, tente desenvolver com um time, a experiência e o teu crescimento pessoal e profissional é incrível. Mas mesmo que desenvolva sozinho, se você ficar um mês sem ver o código, sem dúvidas quando vê-lo novamente vais ser um completo estranho e ainda se horrorizar com as gambiarras que o “Eu do passado” fez ou se impressionar com o código maravilhoso que esse mesmo cara fez…

As questões que me chamaram a atenção e me motivaram a escrever esse post foram duas:

  1. Automatizar pode te trazer problemas de segurança
  2. Automatizar pode te prejudicar no debug quando tu interfere no fluxo da aplicação

1. Automatizar pode te trazer problemas de segurança

Na minha opinião, ter regras claras e bem definidas com o time todo são melhores do que apenas a automatização da aplicação, DEVOP ou fluxo da aplicação.

É claro que qualquer automatização em qualquer nível vai ajudar muito no processo de desenvolvimento, mas além de normalmente dar um baita trabalho, deixa tudo ali prontinho para alguém, muitas vezes bem intencionado, fazer uma grande besteira em algum momento, mesmo sem querer.

Para complementar eu não preciso citar ainda as minhas peripécias na introdução desse texto, certo?

2. Automatizar pode te prejudicar no debug quando tu interfere no fluxo da aplicação

Essa seção tem total relação com o post do colega. Lá ele mostra como fazer para você automatizar o unsubscribe de um observer. Oberver é um padrão de projeto (design pattern) comportamental onde nós precisamos nos inscrever (subscribe) nele e assim ficar recebendo atualizações quando o objeto observer mudar de estado. Acontece que quando a gente está inscrito em um observer, o fluxo de dados está aberto e consumindo recursos da aplicação, portanto, seja por motivo de segurança ou performance é altamente recomendado que nós fechamos essa inscrição depois de executar o que a gente precisa, caso contrário fica ali aberto. É meio parecido com aquela conexão de banco de dados que eu e você “nunca” deixou aberta eternamente lá no MySQL, saca? 🙂

Mas isso é super interessante, não é? Automatizar esse processo burocrático é algo impressionante e “like a pro” como citado no título do artigo. Sim, pode ser pensado como algo fenomenal, mas não e isso que está em questão. O que me chamou a atenção é na dificuldade de troubleshooting na hora de debugar esse código, já que algo tão importante, como o fluxo da aplicação foi doutrinado pela automatização (forte isso hehehe).

Mas aí você pode me dizer que: “poots, mas é fácil resolver, afinal de contas eu fiz o código para automatizar a parada toda”.
E eu posso te responder que: “Toda a automatização nos leva à ignorar a questão automatizada e com isso esquece-la, além disso, o seu time para ser um time, necessariamente precisa de mais pessoas além de você que possam não ter o conhecimento desse código ninja like a boss que você fez. Mas o pior ainda é interferir no fluxo da aplicação…”

Resumindo

A automatização no desenvolvimento de software é importante quando bem definida, divulgada e estruturada.
Interferir no fluxo da aplicação pode trazer grandes problemas para soluções de problemas.
Acredito fortemente que apesar de nos preocupar com o tempo e conforto no desenvolvimento das nossas aplicações, não devemos priorizar esses fatores em detrimento da segurança, troubleshooting facilitado e do bom fluxo da aplicação.

É isso aí pessoas.
Comentem suas experiências e o que você acha disso… só não vale me xingar pelas peripécias com o PHP, eu estava começando e vocês também já erraram na vida que eu sei… heheheh

Grande abraço!

Como fazer favicon, splash screen e ícones de forma fácil e rápida?

Se você está criando um aplicativo, seja ele nativo ou uma PWA, certamente você já se deparou com a missão de fazer os ícones, tela de inicio e o famigerado favicon da aplicação.

Convenhamos que é uma tarefa um pouco chata de realizar, por que são muitas resoluções e formatos

Mas felizmente, vamos aprender aqui como a gente pode agilizar esse processo de forma indolor 🙂

Pré-requisitos

Antes de tudo você precisa ter a arte do seu ícone e a sua splash screen prontinhos e para que tudo fique certinho precisamos ficar atentos á essas regras:

Ícone

  • Pode ter background transparente
  • Tamanho de 1024 x 1024 px
  • PNG

Splash screen

  • Não pode ter fundo transparente
  • Tamanho de 4096 x 4096 px
  • Centralizar as informações importantes *

    * É importante centralizar porque a ferramenta não é “bala de prata” e não consegue manter as proporções corretas para todos os dispositivos, então ela centraliza o conteúdo e preenche com um background. Para um MVP resolve, mas se você vai usar em produção, eu aconselho a editar as imagens que ficarem “estranhas”.

Gerando os arquivos

Vamos usar a ferramenta Ape Tools através do link https://apetools.webprofusion.com/

No primeiro campo (Step 1) a gente precisa inserir o ícone no formato PNG e grandão mesmo…
e no segundo campo (Step 2) a gente insere a splash screen, também grandona.

Depois de inserir os arquivos, vai aparecer um botão “Kapow!” logo abaixo, clique sem medo. Se você quiser ver a prévia das imagens marque a caixa de seleção “Show previews”.

Agora você pode ainda escolher as plataformas que você quer trabalhar. Caso seja uma PWA, tem ferramentas melhores que geram inclusive o manifest.json e uma index.html com as tags necessárias, mas se precisar só das imagens a Ape Tools vai te ajudar.

Para fazer as imagens conforme as configurações dessas plataformas, basta clicar em “Include in bundle”.

O resultado de tudo isso é um arquivo .zip com todas as imagens necessárias.

Se você está usando em uma PWA, você ainda precisa criar o arquivo manifest.json e colocar algumas tags na sua index.html.

Mas, se o seu app é nativo, basta seguir as instruções que o próprio Ape Tools informa, dependendo da versão que você vai usar.

E aí, essa informação te ajudou?

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E comenta aí se tu conheces uma forma melhor.

Grande abraço!