Até que ponto automatizar tudo no desenvolvimento de software é interessante para o time de desenvolvimento?

Automatização de processo de desenvolvimento de software

Hoje mesmo recebi na newsletter do Medium com o título “Auto-Unsubscribing in Angular Components Like a Pro” e é obvio que eu fui correndo ler, mas depois de ler o artigo, me vieram algumas coisas na cabeça que eu quero compartilhar com vocês.

Dica

Aliás, se você não conhece o Medium eu recomendo que dê uma passadinha por lá. Tem artigo de tudo quanto que é coisa, você tem um limite de leitura e ele te joga uma mensagem dizendo “Você lê bastante Leo, para continuar lendo esse artigo manda uns pila pra cá”, não necessariamente com essas palavras… e também não para todos os artigos. Mas o que conta é que tem muito conteúdo de qualidade por lá e as newsletters fazem o papel. Diariamente recebo bastante emails do site, mas não chega a me incomodar, porque 99% deles tem algo de útil ou do meu interesse.

Feito o jabá gratuito para o Medium, vamos voltar ao assunto…

Até que ponto automatizar tudo no desenvolvimento de software é interessante para o time de desenvolvimento?

“TUDO” é uma palavra muito forte, mas tenho certeza que vocês vão acompanhar o meu raciocínio.

Quando eu iniciei no mundo do desenvolvimento de software e tinha uma aproximação maior da linguagem de desenvolvimento PHP havia uma grande vulnerabilidade que era a configuração de register_globals vir ativada por padrão nas configurações do PHP.

Isso ajudava muito no processo do desenvolvimento porque a gente não precisava ficar associando as variáveis que circundavam o ambiente ($_POST, $_GET, $_SESSION, etc). Se você recebia “bonitamente” o valor do formulário em $_POST['meu_campo'] era só você acessar a variável $meu_campo e seguir em frente.

Tudo certo até aí, né?! Mais ou menos, porque o PHP tem tipagem fraca e a gente pode simplesmente acessar essa mesma variável direto pela URL assim: http://meusiteinseguro.com/carrinho_de_compras.php?meu_campo=codigo_nocivo e dessa forma injetariamos o que quiséssemos na variável.

Depois disso, eu – muito espertalhão – comecei a usar a função extract() para extrair as variáveis dos mesmos arrays comentados anteriormente mas configurava o register_globals como off. Ora-ora espertalhão não mudou NADA… 🙂

O tempo passou, o PHP começou a trazer a register_globals configurada com off por padrão e eu comecei a carregar as minhas classes com o método mágico __autoload(), afinal de contas eram “mágicos”!

O que era uma mão-na-roda, mas talvez eu estivesse ganhando um pouco de tempo na importação das libs, mas perdendo o controle da minha aplicação.

Porque é interessante automatizar?

Não quero, de forma alguma, desmerecer a utilidade dessas opções e muito menos o PHP que eu curto muito, entretanto, quero ressaltar que eu as utilizava de uma forma um tanto quanto ingênua e egoísta (só pensava no meu tempo de desenvolvimento), então, é importante sim a automatização, isso que nem estou falando aqui a parte de DEVOPs que na minha época era só INFRA 🙂

Aproveitando a introdução com PHP, não vejo utilidade para register_globals estar ativada, mas a __autoload, hoje descontinuada, tinha seu valor. Eu a usava de forma adequada para carregar os módulos da minha aplicação quando desenvolvia meus próprios frameworks em MVC para meus projetos (quem faz isso hoje em dia né? Loucura…)

Não sou contra automatizações, mas acredito que a gente sempre tem que avaliar coisas como essa com bons olhos e isso eu vou escrever na próxima seção.

Porque não é interessante automatizar?

Seja pela introdução das minhas experiências passadas com PHP que comentei anteriormente ou pelo conteúdo do artigo do Medium mencionado, que aliás é um bait a artigo e sim, é um baita serviço que o cara desenvolveu por lá.

A questão aqui é que você provavelmente não desenvolve software sozinho e se prefere assim, tente desenvolver com um time, a experiência e o teu crescimento pessoal e profissional é incrível. Mas mesmo que desenvolva sozinho, se você ficar um mês sem ver o código, sem dúvidas quando vê-lo novamente vais ser um completo estranho e ainda se horrorizar com as gambiarras que o “Eu do passado” fez ou se impressionar com o código maravilhoso que esse mesmo cara fez…

As questões que me chamaram a atenção e me motivaram a escrever esse post foram duas:

  1. Automatizar pode te trazer problemas de segurança
  2. Automatizar pode te prejudicar no debug quando tu interfere no fluxo da aplicação

1. Automatizar pode te trazer problemas de segurança

Na minha opinião, ter regras claras e bem definidas com o time todo são melhores do que apenas a automatização da aplicação, DEVOP ou fluxo da aplicação.

É claro que qualquer automatização em qualquer nível vai ajudar muito no processo de desenvolvimento, mas além de normalmente dar um baita trabalho, deixa tudo ali prontinho para alguém, muitas vezes bem intencionado, fazer uma grande besteira em algum momento, mesmo sem querer.

Para complementar eu não preciso citar ainda as minhas peripécias na introdução desse texto, certo?

2. Automatizar pode te prejudicar no debug quando tu interfere no fluxo da aplicação

Essa seção tem total relação com o post do colega. Lá ele mostra como fazer para você automatizar o unsubscribe de um observer. Oberver é um padrão de projeto (design pattern) comportamental onde nós precisamos nos inscrever (subscribe) nele e assim ficar recebendo atualizações quando o objeto observer mudar de estado. Acontece que quando a gente está inscrito em um observer, o fluxo de dados está aberto e consumindo recursos da aplicação, portanto, seja por motivo de segurança ou performance é altamente recomendado que nós fechamos essa inscrição depois de executar o que a gente precisa, caso contrário fica ali aberto. É meio parecido com aquela conexão de banco de dados que eu e você “nunca” deixou aberta eternamente lá no MySQL, saca? 🙂

Mas isso é super interessante, não é? Automatizar esse processo burocrático é algo impressionante e “like a pro” como citado no título do artigo. Sim, pode ser pensado como algo fenomenal, mas não e isso que está em questão. O que me chamou a atenção é na dificuldade de troubleshooting na hora de debugar esse código, já que algo tão importante, como o fluxo da aplicação foi doutrinado pela automatização (forte isso hehehe).

Mas aí você pode me dizer que: “poots, mas é fácil resolver, afinal de contas eu fiz o código para automatizar a parada toda”.
E eu posso te responder que: “Toda a automatização nos leva à ignorar a questão automatizada e com isso esquece-la, além disso, o seu time para ser um time, necessariamente precisa de mais pessoas além de você que possam não ter o conhecimento desse código ninja like a boss que você fez. Mas o pior ainda é interferir no fluxo da aplicação…”

Resumindo

A automatização no desenvolvimento de software é importante quando bem definida, divulgada e estruturada.
Interferir no fluxo da aplicação pode trazer grandes problemas para soluções de problemas.
Acredito fortemente que apesar de nos preocupar com o tempo e conforto no desenvolvimento das nossas aplicações, não devemos priorizar esses fatores em detrimento da segurança, troubleshooting facilitado e do bom fluxo da aplicação.

É isso aí pessoas.
Comentem suas experiências e o que você acha disso… só não vale me xingar pelas peripécias com o PHP, eu estava começando e vocês também já erraram na vida que eu sei… heheheh

Grande abraço!

Double screen – Comercial do Banco Sicredi

Screenshot de campanha de Natal do Banco Sicredi

E aí gurizada do café! Sussa?

Vocês víram? No Natal do ano passado, 2016, o Banco Sicredi inovou junto com a empresa DZ Estúdio e fizeram uma publicidade em “double screen”, isto é, ao entrar no endereço http://juntospelonatal.com.br/ no desktop e http://natal.am no celular, posicionar o dispositivo à direita do desktop, inserir o código fornecido, confirmar a execussão nos dos devices e curtir um show de inteligência, competência e criatividade.

Na minha experiência não ficou totalmente sincronizado, mas vamos e venhamos, alem do meu celular ser uma “lesma”, isso é bem complicadinho de sincronizar.

No passado empresas como a Samsung, se não me engano já usou essa técnica também com muita inteligência e também foi um sucesso, pelo menos no meu mundo nerd hehe

Confere lá, antes que saia do ar (eu não tiraria nunca…) pq eu estou atrasado e o bom velhinho já passou faz tempo… hehe

Tecniquês

Se você quer usar essa técnica, estude Javascript, HTML e alguma linguagem de servidor (PHP por exemplo). Se houver uma demanda legal, eu faço um tutorial.

Grande abraço!

Esse post foi escrito ao som de Pretinho Básico (Rádio Atlântida) e ao sabor de um bom café orgânico moído na hora e coadinho na xícara (sempre sem açúcar e bem forte 😉 #fikdik)

Como forçar a versão do PHP no .htaccess

E aí galerinha do café, tranquilo?!

Em tempos de mudança da versão do PHP, as vezes precisamos forçar a versão antiga ou garantir que o servidor, nesse caso apenas o Apache, tenha instalado a versão mais nova, tanto faz, o procedimento é o mesmo.

Por isso, hoje trouxe para vocês esse artigo rapidão para mostrar como fazemos para forçar determinada versão do PHP direto no .htaccess.

Primeiramente, verifique na raiz do seu projeto ou no diretório em que você deseja determinar essa configuração, se já existe o arquivo .htaccess, caso contrário, crie-o.

Insira nele as seguintes linhas:

AddHandler Application/x-httpd-php55 .php

Prontinho, basta alterar a versão do php que você precisa em php55.

 

Grande abraço e até a próxima.

 

Como criar um XML com PHP

Imagem com XML

Introdução

Com o advento do XML se faz necessário saber como criar esse tipo de arquivo. Pelo fato não precisar de um editor específico para manipular esse tipo de arquivo, muitos desenvolvedores criam a estrutura em uma variável e jogam o conteúdo na função file_put_contents, por exemplo.

Exemplo de criação de XML com parsing

$content = '<root>';
$content .= '<nodeOne>valueOne</nodeOne>';
$content .= '<nodeTwo>valueTwo</nodeTwo>';
$content .= '</root>';

file_put_contents('filename.xml', $ontent);

Tudo bem, essa é uma maneira de fazer esse trabalho, entretanto, no meu ver, é bem trabalhosa e soa como um ‘workaround’, isto é, uma ‘gambiarra’ bem sacana.

O PHP 5 oferece-nos um objeto prontinho para trabalharmos com XML, veja um exemplo comentado:

Exemplo de criação de XML com DOMDocument

//Instanciamos o objeto passando como valor a versão do XML e o encoding (código de caractéres)
$dom = new DOMDocument('1.0','UTF-8');

//Nesse ponto, informamos para o objeto que não queremos espaços em branco no documento
$dom->preserveWhiteSpaces = false;

//Aqui, dizemos para o objeto que queremos gerar uma saída formatada
$dom->formatOutput = true;

//Pronto! Configurações inicias realizadas, agora partiremos para a criação dos elementos que compõe a árvore do documento XML
//Criação do elemento root (elemento pai)
$root = $dom->createElement('root');

//Vamos criar o elemento nodeOne, conforme o exemplo anterior
$nodeOne = $dom->createElement('nodeOne');

//Agora o elemento nodeTwo
$nodeTwo = $dom->createElement('nodeTwo');

//criados os elementos, vamos adicionar um valor para cada um deles
$nodeOneTxt = $dom->createTextNode('valueOne');
$nodeTwoTxt = $dom->createTextNode('valueTwo');

//Pronto! Elementos criados, o próximo passo é organizar essa bagunça, para isso, usaremos o método appendChild() e diremos quem é elemento pai e quem é elemento filho
$nodeOne->appendChild($nodeOneTxt);
$nodeTwo->appendChild($nodeTwoTxt);
$root->appendChild($nodeOne);
$root->appendChild($nodeTwo);
$dom->appendChild($root);

//Dessa forma, dissemos que os elementos nodeOne e nodeTwo são filhos do elemento root, isto é, estão dentro de root ou um nível abaixo de root.

//Para imprimir na tela, utilizamos o método saveXML()
$dom->saveXML();

//Por fim, para salvarmos o documento, utilizamos o método save()
$dom->save('filename.xml');

Se você utilizar exatamente esse código, você terá uma saída idêntica a saída mostrada abaixo.

<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>
<root>
  <nodeOne>valueOne</nodeOne>
  <nodeTwo>valueTwo</nodeTwo>
</root>

Ainda podemos escrever um atributo em um determinado elemento, para isso, basta utilizar o método setAttribute(), que possui como parâmetros o nome do atributo e o valor do mesmo, respectivamente. Vejamos um exemplo.

Exemplo de um elemento com atributo


...

//Apenas modificando o exemplo acima, vamos acrescentar a seguinte linha de código logo após a linha 18
$nodeTwo->setAttribute('attr','valueAttr');

...

Alterando o código, a saída fica assim

<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>
<root>
  <nodeOne>valueOne</nodeOne>
  <nodeTwo attr="valueAttr">valueTwo</nodeTwo>
</root>

Video-aula: Escrevendo XML com PHP 5 (DOMDocument) por lemissel no Videolog.tv.

Buenas! Espero ter ajudado os colegas.

Problemas com acentuação usando PDO com Oracle (OCI)

Sátira Bart Simpson fazendo lição com encoding

Sátira Bart Simpson fazendo lição com encoding

UTF-8 ENCODING

Buenas galerinha do café!

Ontem tive problemas com os dados obtidos do Oracle (OCI) através de PDO. Os caracteres acentuados. Eles vinham com “?” no lugar do caractere acentuado.

Nesse caso, usar funções de encoding e decoding do utf-8 por exemplo, não resolvem o problema.

Como o meu documento HTML estava com encoding UTF-8, bastou informar o charset na string de conexão que tudo se resolveu.

$conn = new PDO('oci:dbname=NOMEDOBANCO;charset=UTF-8','USUARIO','SENHA');